quinta-feira, 25 de junho de 2015

Baden Baden com a Oficina para Formação de Atores da Terreira da Tribo, hoje na Sala Carlos Carvalho!

Ainda fazendo parte da Mostra Pedagógica da Tribo de atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, termos hoje na programação do IV Festival de Teatro Popular - Jogos de Aprendizagem o exercício cênico "Baden - Baden sobre a Importância de Estar de Acordo", da Oficina para Formação de Atores, da Escola de Teatro Popular da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz.

A apresentação será, às 20h, na Sala Carlos Carvalho (Rua dos Andradas, 736 - Centro).
ENTRADA FRANCA!


OFICINA PARA FORMAÇÃO DE ATORES
ESCOLA DE TEATRO POPULAR DA TERREIRA DA TRIBO

Desenvolvida pela Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo, a oficina é composta por aulas diárias, teóricas e práticas, com duração de dezoito meses. Busca através da construção do conhecimento favorecer a emergência do artista competente não apenas no desempenho de seu ofício, mas também preocupado no seu desenvolvimento como cidadão. Já formou sete turmas de novos atores nos períodos de 2000/01, 2002/03, 2004/05 e 2005/06, 2007/08, 2009/10 e 2011/13, 2014/...


Versão da Peça Didática de Baden-Baden sobre o Acordo do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Brecht denuncia o mito do herói, estágio supremo da individualidade. Para Brecht, deve operar-se uma renúncia da individualidade em favor da coletividade, para assegurar as mudanças sociais em curso. A peça explica que a piedade e a bonomia são atos isolados que em nada melhoram o destino humano. Portanto quem, em meio à devastação, promete reformas pontuais impede que a revolução ganhe terreno. Na peça quatro aviadores, que tentaram cruzar o Atlântico, fizeram um pouso de emergência. Não querem morrer e pedem a ajuda da humanidade.  O coro debate a questão: “O homem ajuda o homem?” As provas apresentadas durante o debate incluem imagens de homens matando homens e uma cena entre três palhaços: um palhaço gigante, Senhor Schmitt, queixa-se de várias partes do corpo lhe doem. Os outros dois palhaços curam-no serrando os membros em questão, até que no fim, sem braços, sem pernas e até mesmo sem a cabeça, Senhor Schmitt fica inteiramente desmantelado. Conclusão: o homem não ajuda o homem. Os quatro aviadores  terão de morrer. O piloto se recusa a aceitar a necessidade de sua extinção. Os três mecânicos, entretanto, aceitam as instruções do coro de que a morte só pode ser vencida pelo assentimento ante as necessidades inevitáveis da história. O piloto que se agarra a seu desejo individual de vida e glória é aniquilado. Os três mecânicos são redimidos, pois “vocês que consentiram que continuassem o fluxo das coisas não mergulharão no nada”. A violência e a morte não podem ser vencidas por paliativos. A violência só desaparecerá quando for estabelecida no mundo uma ordem justa.
Realizado pela Oficina para Formação de Atores da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo na disciplina de Interpretação A.

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